quinta-feira, 27 de junho de 2013

Autismo, Psicose Infantil!

      Não há evidências inquestionáveis quanto a etiologia bioquímica, genética ou estrutural referente ao SNC(Sistema Nervoso Central) para as psicoses autísticas. O que existe são estudos multifatoriais que tentam entender os sintomas.
      O diagnóstico nem sempre é fácil. A instalação da psicose não se faz em data fixa, os sinais podem ocorrer desde os primeiros meses de vida da criança, mas também podem ocorrer em épocas mais tardias. Frequentemente, ocorrem atrasos no desenvolvimento da marcha e fala, provavelmente pela falta do investimento  afetivo no mundo externo.


     
      K. é Autista, Psicose Infantil e apresenta dificuldades na fala. Este exercício com uso de telefone e fones alternando o uso, é uma forma lúdica de exercitar a expressão oral e organização da narrativa. K. até os 4 anos de idade fez estimulação na APAE devido a dificuldade do controle da saliva(babava). Hoje, ainda com dificuldades na expressão oral faz atendimentos com fonoaudióloga, mas não tem dificuldades em controlar a saliva. Apresenta também dificuldades na marcha(puxa um pouco uma das pernas).

      Noções contemporâneas trata a distinção entre Psicose e Autismo. A psicose é tratada a mais tempo e o autismo está sendo cada vez mais estudado e pesquisado, porém é mais recente.
      A psicose é vista pela Psicanálise como uma estrutura clínica(existem três estruturas de personalidade: Psicose, Neurose e a Perversão)e o autismo sendo um agravamento precoce desta estrutura. Mas ainda é tema de controvérsias e discussões. Na psiquiatria, o autismo é visto como uma síndrome, ou seja, um conjunto de sintomatologias patológicas, que não possuem uma etiologia definida. A causa não foi isolada ou encontrada, acredita-se que muitos fatores sejam responsáveis ao mesmo tempo por tal quadro.
      Atualmente, a psiquiatria denomina o autismo de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento(CID10 F84.0), por suas características patológicas que retardam ou paralisam o desenvolvimento esperado de uma criança(aprendizagem, relacionamentos, etc.).




      PSICOSE:
  • Mecanismo de fuga, isolamento.
  • Afastamento da realidade externa.
  • Fuga para a realidade interna, fantasia.
  • Ego frágil.
  • Intolerância a limites, à frustração.
  • Dificuldade na abstração(falha na esfera simbólica).
     AUTISMO:
  • Ensimesmamento psicótico do sujeito em seu mundo interno e a ausência de qualquer contato com o exterior podendo a chegar ao mutismo.
  • Surgimento precoce de distúrbios(sono, alimentação, fobias).
  • Extremo isolamento.
  • Ausência da fala, da comunicação(distúrbios da linguagem).
  • Quando a fala está presente ocorrência da ecolalia.
  • Estereotipias gestuais(repetitivos).
  • Necessidade da rotina fixa(padrão repetitivo).
  • Recusa do olhar.
  • Incapacidade no relacionamento interpessoal(mesmo com os pais).
  • Auto e/ou hetero agressividade presente.
  • Uso de objetos externos independente de sua funcionalidade, obedecendo a uma lógica subjetiva.
  • Indiferença à dor.





      R.D. é um Deficiente Múltiplo(DMU), Deficiente Intelectual(DI- Síndrome de Down)  e TGD Autista. Dificilmente fala, ficando 90% do tempo que está na escola em total mutismo. Segundo a mãe, o mesmo ocorre em casa. Exercício de encher um balão, de forma lúdica, trabalhar a respiração e os movimentos musculares que envolvem a expressão oral e também as relações interpessoais, pois procura ficar isolado constantemente.

      CAUSA:

      PSIQUIATRIA:

  • Constitucional(genética/bioquímica).
  • Uso de drogas na gestação(pode causar alterações no feto).
  • Uso de drogas no homem pode causar anomalia em sua produção de espermatozóide e assim afetar a criança.

      PSICOLOGIA/PSICANÁLISE:

      Meio externo(cultura) e relação familiar. Etiologia multifatorial.


      TRATAMENTO:

  • Equipe multidisciplinar: Psiquiatra, Neurologista, Psicólogo, Fonoaudióloga, Assistente Social, Psicopedagoga, T.O., entre outros.
  • Tratamento psicofarmacológico.
  • Família precisa de acompanhamento por intermédio de terapia familiar e/ou psicoterapia individual.

      Segundo Psiquiatra Kanner, abaixo a tabela pela idade, a partir de suas pesquisas clínicas:

  • Autismo Precoce 0/5 anos.
  • Autismo Idade Escolar 6/7 anos.
  • Autismo Tardio 10/13 anos.
  • Esquizofrenia  13 anos em diante.
      PSICOSE:  Sai daquilo que lhe causa angústia(desorganiza). Mecanismo de fuga.

      AUTISMO: Ausência/indiferença frente à realidade externa. Mecanismo de isolamento.

BIBLIOGRAFIA:
Contribuição de René Schubert Psicólogo/Psicanalista.
BALBO  Gabriel e BERGÈS  Jean. Psicose, Autismo e Falha Cognitiva na Criança. Ed. CMC. Porto Alegre RS, 2003.
FACION José Raimundo. Transtornos Invasivos do Desenvolvimento e Transtornos de Comportamento Disruptivo. Ed. IBPEX Ltda. Curitiba 2005.
CID 10 Classificação Internacional de Doenças. Ed. USP São Paulo 2007
DSM-IV  Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Ed ARTMED Porto Alegre 2002 



sexta-feira, 14 de junho de 2013

Síndrome Prader Willi!

       A Síndrome de Prader Willi é uma doença genética (apresenta ausência de determinada região do cromossomo 15, 7 genes deste cromossomo estão faltando), que afeta o desenvolvimento da criança, resultando em obesidade, estatura reduzida e baixo tônus muscular(hipotonia).

      F.S.A. é portadora de Síndrome de Prader Willi. Está com 110Kg. Tem atendimento com psiquiatra, psicólogo e endocrinologista. Está no 4º ano do ensino fundamental.

      A Síndrome foi descrita pela primeira vez em 1956, por Andrea Prader, Heinrich Willi, Alexis Labhart, Andrew Ziegler e Guido Fanconi. O distúrbio é considerado atualmente a principal causa de obesidade de origem genética.
      Os portadores apresentam dificuldades na aprendizagem e problemas comportamentais, entre eles depressão, episódios de violência, mudanças repentinas de humor, impulsividade, agitação e obsessões por determinadas ideias ou atividades.
      De ordem genética, a parte ausente é de origem paterna, e não materna. O diagnóstico é feito por meio de teste genético, capaz de identificar a ausência da contribuição paterna no cromossomo 15. Geralmente, a identificação da síndrome ocorre após a manifestação da obesidade. Sugere-se que o teste genético seja requisitado em recém nascidos com hipotonia e dificuldade na sucção.

      F.S.A. realizando atividade de organização temporal, sequência lógica no atendimento educacional especializado -AEE- Sala de Recursos.

         O conhecimento da família sobre a síndrome permite a busca de um  espaço inclusivo, seguro, assistido e estimulador para o paciente se desenvolver e de um acompanhamento de saúde e de educação adequados.

      F.S.A. é alegre, comunicativa e está alfabetizada. Apresenta dificuldades na compreensão e raciocínio lógico.

      A síndrome possui uma síndrome irmã, a Síndrome de Algelman.
      A Síndrome de Prader Willi apresenta o seguinte quadro clínico:
  • Retardo mental.
  • Hipotonia grave( flacidez).
  • Dificuldades de deglutição(para engolir).
  • Obesidade.
  • Hipogonadismo(defeito no sistema reprodutor). Dificuldades na saciedade.
     Seu Código de Doença: CID 10 - Q87.1

      F.S.A. adora atividades na informática. Não gosta de repetir as atividades, gosta de inovar e não tem receio de tirar as suas dúvidas.Repete várias vezes a mesma dúvida. Ainda não realiza abstrações, necessitando do material concreto para as atividades lógico matemáticas. Necessita ser observada constantemente na alimentação, pois é compulsiva e se alimenta várias vezes durante o dia.

BIBLIOGRAFIA:
Laboratório de Neurociências, São Paulo - SP.




domingo, 9 de junho de 2013

A Educação não pode ser TERCEIRIZADA! A Família frente a educação dos filhos!

       No dia seis de junho de 2013 na Igreja Evangélica Brasil para Cristo estive ministrando a palestra sobre Relacionamento pais e filhos; A família frente a educação dos filhos; Pais que levam uma vida com oração; etc.
       A palestra foi produtiva e esteve presente por volta de 80 pais e alguns filhos já adolescentes e jovens. Pais interagiram com exemplos e questionamentos.


      Foram pontos imprescindíveis da palestra:

  •  A presença do AMOR na decisão para o casamento;
  •  O Não e os Limites aos filhos são PROTEÇÃO; 
  • A Coerência dos pais no FALAR e AGIR para a construção da segurança na personalidade dos filhos e a aquisição de confiança para com os pais; 
  • Não subestime uma criança, ela PERCEBE e está ATENTA a tudo;
  •  A Organização e a higiene do LAR, fatores importantes para a aquisição de bons hábitos nos filhos; 
  • A importância da sinceridade e a VERDADE nos relacionamentos familiares para a construção do caráter e moral dos filhos que serão projetados na SOCIEDADE;  
  • A educação dos filhos não podem ser TERCEIRIZADOS, é tarefa dos PAIS;
  • É tarefa dos pais a alimentação, a higiene, a educação, o social, o mental e o espiritual dos filhos;
  • Lar em confusão e constantes conflitos geram filhos rebeldes e inseguros;
  • A importância do DIÁLOGO no lar e na educação e trato com os filhos, etc.



      Pais que participaram da palestra trouxeram à tona situações de família de origem que projetavam em suas famílias constituídas e que aprenderam a se libertar do passado e entender que os seus filhos estão vivendo em outro momento de história e quanto este rompimento do que passou  é importante para os relacionamentos interpessoais e para o agir de seus filhos no social, na escola e nas suas produções.


      Pais e filhos participaram da palestra trazendo a necessidade de se refletir sobre a família, a igreja a escola, e da responsabilidade da educação que deve iniciar no LAR. A escola e a igreja são auxiliadores da educação. Trouxeram também a necessidade de se falar sobre o que é ÓBVIO, pois este também deve ser dito!

BIBLIOGRAFIA:

TRIPP Tedd. Pastoreando o Coração da Criança. Ed. FIEL, São Paulo - 2007.
EETAD (Escola Teológica das Assembléias de Deus) A Família Cristã. São Paulo- 2004.
MORA Estela.Psicopedagogia Infanto Adolescente Vol 1, 2 e 3. Ed. CULTURAL S.A. - 2007