terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A Inteligência Aprisionada e as Áreas da Memória!

      Para aprender o ser humano necessita de quatro áreas: o funcionamento orgânico, o corpo, o intelectual e o simbólico(o inconsciente). Quando o aprender não ocorre, não podemos delegar essa situação apenas ao professor. Necessitamos de uma equipe de profissionais para investigar o óbice da aprendizagem.
      O problema de aprendizagem é sempre reflexo das construções do aprendente e do meio em que está inserido. A construção do conhecimento é resultante de uma rede de relações entre o aluno e seus pais, somado a bagagem genética e somado ainda, com o contexto social. Segundo Piaget, o que garante esse processo são as estruturas de encaixe. O ser humano não assimila somente com o cérebro, mas com toda a complexidade do organismo. O interagir, o toque físico nas diferentes formas/conteúdos, o cinestésico, também é necessário  para que a aprendizagem ocorra.
      Maturana, biólogo, ressalta o entrelaçamento entre a linguagem e a emoção. Passar pela emoção, implica na memorização. O Lobo Frontal, mantém a atenção presa ao alvo, inibindo as distrações. Partes do Lobo Frontal, controlam o fluxo e a manutenção da memória.
      Maturana  afirma que o pensamento desenvolve-se no espaço e no tempo da adaptação do meio ambiente. Se não houver um tomar posse da própria ação (reflexão ) não há avanço cognitivo no ser humano. A inteligência aprisionada é uma curiosidade anulada, a renúncia a pensar, conhecer e crescer.
      Alícia Fernández, psicopedagoga, afirma que o problema de aprendizagem não é outra coisa senão anular as capacidades e bloquear as possibilidades.
      O problema de aprendizagem envolve os personagens: o aprendente e o ensinante; o filho e os pais. Não podemos não analisar a família e a escola quando o indivíduo apresenta dificuldades na aprendizagem.
      Não existe uma única causa para que a aprendizagem não ocorra, nem situações determinantes  do problema de aprendizagem. O que se tenta encontrar é a relação do indivíduo com o conhecimento e o significado do aprender. Aprendemos o que é significativo para nós.
      Para Piaget, biólogo e Jung, estudioso da psique humana, o cognitivo se desenvolve estando presente a historicidade do indivíduo.

      É necessário também investigar como o indivíduo se posiciona diante de seus segredos, frente ao não dito, frente a distância que há entre o imaginário e o real. A fantasia, que ocorre na criança, também pode ser um óbice para a aprendizagem. O sonhar, o brincar, o fantasiar é saudável na criança até uma certa idade. Quando a fantasia está impedindo a criança de pensar e criar, é necessário fazer uma investigação e observações contínuas com esta criança em diferentes contextos.

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