O aluno autista não é incapaz de aprender, mas possui uma forma peculiar de responder a estímulos, que pode ser responsável tanto por grandes angústias como por grandes descobertas, dependendo do auxílio que ele receber.
Ainda que ele não aprenda perfeitamente o que se busca ensinar, ele estará trabalhando sempre a interação, a comunicação, a cognição e os movimentos. Haverá conquistas e erros, muitas vezes mais erros do que conquistas, mas o trabalho jamais será em vão. O afeto é de primordial valor na superação das dificuldades.
A criatividade e a sensibilidade norteiam os movimentos que visam tornar o espaço escolar essencialmente efetivo para professores e alunos.
O aluno autista apresenta resistência a mudanças de pessoas, ambientes, objetos e rotinas. Quando a mudança ocorre desencadeia no autista momentos de ansiedade, irritabilidade e até autoagressão impedindo-o de interagir diante da atividade nova.
O autista possui um modo particular de processar informações: diante de um fato novo, ele busca em sua mente alguma imagem correspondente a ele. Se já tiver se deparado com este fato anteriormente, ao menos uma imagem será encontrada, e ele ficará tranquilo porque sabe que está diante de algo pelo qual já passou antes.
Caso a situação seja nova, entretanto, não encontrará nenhuma imagem em sua mente, e por isso ficará incomodado e ansioso. Uma forma de evitar que o desconforto surja é oferecer-lhe imagens daquilo que ainda não conhece para o seu repertório mental. Trata-se de uma forma de antecipar a novidade, para que quando ela ocorra o aluno já esteja familiarizado e preparado para lidar com ela.
O Método da Antecipação consiste em apresentar ao aluno fotos do ambiente, de pessoas e de objetos novos antecipando a mudança. Assim o aluno autista uma semana, ou mais dias antes, vai se familiarizando com as possíveis mudanças e dessa forma o professor evita as habituais alterações de humor e a presença de resistência que o aluno oferece diante de uma atividade e/ou planejamento novo.
Através do Método Antecipação, o professor evita possíveis transtornos que possam ocorrer na atividade, passeio e trocas de pessoas que envolvem o aluno autista.
Para que a antecipação ocorra de forma efetiva, não é possível trabalhar com o autista com a intenção de que ele interaja na atividade com planejamentos improvisados. Para tanto, o planejamento deve ser feito também de forma antecipada.
O autista possui memória visual e tátil cinestésica, por isso é necessário trabalhar com imagens, cores e com atividades em que ele possa interagir. Sempre dialogando com ele sobre as funções dos objetos e das situações, pois para o autista é difícil entender o significado das intenções e dos sentimentos.
O mundo do autista é repleto de dificuldades na comunicação e na linguagem. Ele tem dificuldades no entendimento dos fatos implícitos e das intenções. Por exemplo: se percebemos um carro parado em um posto de gasolina nossa primeira compreensão é de que vai abastecer este carro. Para o autista isso não é claro, necessitando de explicações sobre o fato para que possa compreender, e assim mesmo, com a repetitividade.
O autista não compreende a necessidade social do expressar-se, mas isso não significa que não seja sensível e não procure comunicar-se por outra via: a via do afeto. A primeira maneira de ajudá-lo é procurar entender o modo como ele se expressa.
BIBLIOGRAFIA:
CUNHA Eugênio. Autismo e Inclusão. Ed WAK. Rio de Janeiro 2012.
AMORIN Letícia Calmon Drumond. Austimo e Morte. Artigo Ciranda da Inclusão, maio de 2011.
FALCÃO Leandra Teixeira. Fonoaudióloga. leandrafono.blogspot.com.br. 2013.
Precisava muito saber mais sobre o Autismo. Sem dívida você tem ajudado muitas pessoas. Parabéns!!! sem tiver tempo visita meu blog: O Saber Geográfico.
ResponderExcluirOlá! Cheguei aqui através do E.M. e gostei muito do blog. O conteúdo é de grande interesse para educadores.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho!