primeiramente, de uma forma bastante sutil, muitas vezes, apresentando grandes dificuldades para o avaliador durante a formulação do diagnóstico e para o professor especialista em educação especial.
Neste período, é possível observar que a aquisição de uma série de habilidades, sejam de ordem psicomotora e/ou social, pode ficar comprometida, o que traz sérios prejuízos à vida dessas pessoas.
Em 1943, o psiquiatra Leo Kanner observou e descreveu 11 crianças que apresentavam um quadro clínico peculiar: o principal sintoma era uma incapacidade para se relacionar com outras pessoas e situações.
Entre outras características observadas, destacavam-se a ausência de movimento antecipatório, a falta de aconchego ao colo e alterações da linguagem, como a ecolalia, a descontextualização do uso das palavras, inversão pronominal, repetição das atividades e movimentos(estereotipias), grande resistência a mudanças- mesmo que pequenas- limitação da atividade espontânea.
R.D. tem síndrome de Down e comorbidades com autismo. Ausência de movimentos e resistência durante as atividades. Colocação de fichas organizadas, observando a mesma cor (Método Teacch).
R.D. interagindo com rótulos e peças para montar. Após vários atendimentos, começam a surgir alguns movimentos e envolvimentos com objetos e atividades propostas.
Este aluno R.L., asperger, está realizando atividade de pareamento, Método Teacch para autistas, com rótulos. Já está alfabetizado e apresenta conservação de quantidades.
R.L. colocando objetos, Método Teacch, no respectivo lugar conforme a sua forma.
Método Teacch, pareamento tampas e potes. O pareamento é um pré requisito para que o educando aprenda receber informações de sua rotina e situação de aprendizagem através de objetos ou cartões.
R.L., asperger realizando o pareamento, Método Teacch, com tampas e potes.
O Método Teacch, que significa Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Deficiências Relacionadas à Comunicação, utilizado com alunos TGD, Transtorno Global do Desenvolvimento, em específico, com autistas, deve ser organizado de tal forma que o aluno entenda o que precisa fazer somente olhando para o material: que ele perceba o que deve fazer, como fazer e onde guardar após a conclusão do trabalho.
O material deve ser organizado da esquerda para a direita, seguindo os passos minuciosamente, respeitando a direção da escrita e separando os diferentes materiais que formam uma atividade.
Essas imagens são algumas atividades do Método Teacch, para realizar intervenções nas aprendizagens com autistas.
Os materiais utilizados, envolvem conteúdos e atividades das diferentes áreas do desenvolvimento, tais como: cognitiva, psicomotora, auto cuidado, linguagem, social, emocional e acadêmica, as quais podem ser exploradas de acordo com o programa individual de cada educando, baseado na sua necessidade bio-psico-social.
Área Cognitiva: Desenvolver na criança a capacidade de aprender as funções intelectuais, melhorando a sua capacidade de interiorizar as habilidade e conhecimentos do meio em que vive e melhorar a aprendizagem acadêmica. Atenção, memória, percepção, associação de ideias, sequência lógica e organização de ações.
Área Social: Promover no aluno a integração no meio onde está inserido. Socialização do aluno consigo mesmo, com relação à família, com relação à escola, com relação à comunidade e hábitos de cortesia.
Área Emocional: Proporcionar ao aluno o conhecimento de si mesmo, suas possibilidades e limitações, facilitando a formação de sua auto imagem e adequação dos comportamentos de acordo com a idade, bem como estimular o desenvolvimento de sua independência e também, orientação sexual.
BIBLIOGRAFIA:
APOSTILA DA AMA, Associação de Amigos do Autista de São Paulo, novembro de 1995.
BERGES J, BALBO G, Psicose, Autismo e Falha Cognitiva na Criança. CMC Editora, Porto Alegre, 2003.
FACION J.R., Transtornos Invasivos do Desenvolvimento e Transtornos de Comportamento Disruptivos. Editora IBPEX Ltda, Curitiba, 2005.