domingo, 21 de setembro de 2014

Deficiência Intelectual:

      Características: A característica essencial do DI consiste em um funcionamento intelectual significativamente inferior à média, acompanhado de limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas da habilidades:
  • comunicação;
  • autocuidado;
  • vida doméstica;
  • habilidades sociais/interpessoais;
  • uso de recursos comunitários;
  • auto suficiência;
  • habilidades acadêmicas;
  • trabalho;
  • lazer e
  • segurança.
      Etiologia: O início deve ocorrer antes dos 18 anos. Possui etiologias diferentes e pode ser  visto como algo que se estende a vários processos patológicos que afetam o SNC- Sistema Nervoso Central. Podem ser de origem genética, ambiental, multifatorial e de causa desconhecida.



      DMU Deficiente Múltiplo: DI, DV e DF (intelectual, visual e físico) recortando imagens para atividade de organização temporal: início, meio e fim.

      Funcionamento Adaptativo: Refere-se ao modo como o indivíduo enfrenta eficientemente as exigências comuns da vida e o grau em que satisfaz os critérios de independência pessoal esperados de alguém de sua faixa etária, bagagem sócio cultural e contexto comunitário.
      Fatores de Influência:
  • grau de instrução;
  • motivação;
  • características de personalidade;
  • oportunidades sociais e profissionais;
  • transtornos mentais e condições médicas gerais.
      QI Cognitivo: Os problemas na adaptação habitualmente estão mais propensos em apresentar melhoras com esforços terapêuticos, que tende a permanecer como um atributo mais estável.
      Para obter evidências dos problemas de funcionamento adaptativo deve-se levar em conta uma ou mais fontes independentes e confiáveis:
  • avaliação do professor,
  • histórico do médico, educacional e evolutivo.
      Níveis de Gravidade do DI:
  • DI Leve: QI 50-55 até aproximadamente 70.
  • DI Moderado: QI 35-40 a 50-55.
  • DI Grave: QI 20-25 a 35-40.
  • DI Profundo: QI abaixo de 20 ou 25.
  • DI Gravidade Inespecificada: Existe forte suspeita da deficiência, mas a inteligência da pessoa não pode ser testada por métodos convencionais. (Ex. bebês ou indivíduos com conduta não cooperativa).


      Peculiaridades da personalidade do DI: Alguns podem ser passivos, plácidos e dependentes, enquanto outros podem ser agressivos e impulsivos. A falta de habilidades de comunicação pode predispor a comportamentos disruptivos e agressivos que substituem a linguagem comunicativa. Podem mostrar-se vulneráveis à exploração por outros, por isso podem ser vítimas dos abusos físicos e sexuais.
      Fatores Predisponentes:
  • hereditariedade;
  • alterações precoces do desenvolvimento embrionário: Síndrome de Down;
  • problemas na gravidez;
  • transtornos mentais;
  • condições médicas gerais;
  • influências ambientais.
Bibliografia:
DSM IV Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Ed ARTMED, Porto Alegre 2000.
www.saude.pr.gov.br
Revista Escola. Ciranda da Inclusão.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Down!

      As pessoas com Síndrome de Down não são todas iguais.
      Apesar de indivíduos com síndrome de Down terem semelhanças entre si, como olhos amendoados, baixo tônus muscular e deficiência intelectual, não são todos iguais. 
      Por isso, devemos evitar mencioná-los como um grupo único de uniforme. Todas as pessoas, inclusive as pessoas com síndrome de Down, têm características únicas, tanto genéticas, herdadas de seus familiares, quanto culturais, sociais e educacionais.



      As pessoas com síndrome de Down estudam, trabalham e convivem com todos. Esses indivíduos têm opinião e podem se expressar sobre assuntos que lhes dizem respeito. Elas se divertem, passeiam, namoram e se tornam adultas como todo o mundo.
      A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi aprovada no Brasil em 2008 como norma constitucional. Ela é uma importante ferramenta de acesso a cidadania e precisa ser mais difundida entre as pessoas com deficiência, juristas e a população em geral.

Contribuição: www.movimentodown.org.br
http://www.movimentodown.org.br/sala-de-imprensa/

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Habilidades Auditivas e a Aprendizagem!

      As desordens no processamento auditivo podem prejudicar a aprendizagem da criança, incluindo as habilidades de leitura e escrita, a compreensão da linguagem e o desenvolvimento da fala, mesmo que tenham inteligência e audição normais.
      O Processamento Auditivo se refere a uma série de operações que o sistema auditivo realiza para interpretar os sons que ouvimos. É o conjunto de habilidades específicas que a criança precisa para prestar atenção, discriminar, associar, integrar, memorizar e organizar o que ouve. O processamento auditivo é crucial para o aprendizado e para a compreensão da linguagem. Resumindo: "é o que fazemos com o que ouvimos"!


      Nós escutamos com os nossos ouvidos, no entanto devemos lembrar de que é o nosso cérebro que faz uso da informação que escutamos. Se o cérebro for incapaz de processar corretamente o que foi dito ou se houver algum problema na transmissão do som, a mensagem é perdida ou então mal entendida. Isso é a Desordem no Processamento Auditivo.
      Quando as habilidades auditivas estão prejudicadas, a criança pode experimentar uma sobrecarga auditiva, podendo gerar ansiedade, baixo auto estima e desempenho escolar e social prejudicado.


      Características das desordens do Processamento Auditivo:

  • Fala muito "Hã?", "O quê?" ou "Não entendi."
  • Distrai-se com facilidade.
  • Apresenta tempo de atenção reduzido.
  • Ouve, mas não entende.
  • Tem dificuldade em compreender a fala em local ruidoso ou em grupos.
  • Necessita ser chamada várias vezes.
  • Incomoda-se com sons altos ou com ruídos.
  • Pede para repetir a informação frequentemente.
  • Atrapalha-se ao contar história ou dar recados.
  • Tem dificuldade para seguir uma sequência de tarefas.
  • Tem dificuldade para entender palavras de duplo sentido ou piadas.
  • É impulsivo ou desorganizado.
  • Não entende corretamente o que lê.
  • Apresenta habilidades de fala e linguagens ruins.
  • Apresenta problemas na escrita.
  • Tem dificuldade com direita e esquerda ou em seguir direções.
  • Tem dificuldade em memorizar nomes, números, etc.
  • Apresenta baixo rendimento escolar.



      A criança não precisa necessariamente apresentar muitas características para que seja encaminhada para uma avaliação detalhada. Às vezes, apenas algumas características estão presentes. O importante é prestar atenção no conjunto de informações.
      Realizar o diagnóstico de uma dificuldade de processamento auditivo não depende somente em analisar o desempenho da criança na avaliação do PA. Trata-se de uma tarefa de equipe que envolve fonoaudiólogos da área da audição e da linguagem, neurologistas, pediatras, psicopedagogos, psicólogos e informações colhidas na escola.

      Fique atento às crianças rotuladas como:

  • Preguiçosas.
  • Que não gostam de estudar.
  • Desinteressadas.
  • Desligadas do mundo.
   Estas crianças podem estar apresentando sintomas de uma desordem do processamento auditivo e necessitam de um apoio especializado. Encaminhar esta criança para uma avaliação detalhada das habilidades auditivas. Se ela for diagnosticada como portadora de uma desordem do processamento auditivo poderá iniciar o processo de (re)habilitação.
      A (re)habilitação do indivíduo com desordem do processamento auditivo deve ser planejada por um fonoaudiólogo, no entanto diferentes profissionais estão estreitamente envolvidos e devem participar das decisões terapêuticas: neurologistas, psicólogo, psicopedagogo, pedagogo, educador, ...)

Contribuição de Fga Cintia Maria Costamilan.